Não tenho medo da vida, mas, sim, medo de viver
Eis a loucura assumida, você há de imaginar
É que a vida atou-se a mim desde o dia em que eu nasci
Viver tornou-se, outrossim, o modo de desatar
Viver tornou-se o dever de me desembaraçar
Eis a loucura assumida, você há de imaginar
É que a vida atou-se a mim desde o dia em que eu nasci
Viver tornou-se, outrossim, o modo de desatar
Viver tornou-se o dever de me desembaraçar
O primeiro nó que desatamos na vida é quando saímos do
útero de nossa mãe. Esta experiência para mim, foi deveras marcante. Meu
nascimento foi com “parto de fórceps”, popularmente conhecido como método
“tirado a ferro”. Quando o obstetra usa um instrumento em forma de
colher(ferro) para puxar o bebê.
A vida é somente um dom independente de quem
Seja capaz de gritar seu nome, alto e bom som
A vida seria um tom, uma altura a se atingir
Viver é saber subir, alcançar a nota lá
Lá no ponto de ferir, se preciso, até sangrar
Seja capaz de gritar seu nome, alto e bom som
A vida seria um tom, uma altura a se atingir
Viver é saber subir, alcançar a nota lá
Lá no ponto de ferir, se preciso, até sangrar
Aprendi, ou melhor, estou aprendendo a gritar meu nome em
alto e bom som. Desde a infância, tive uma autoestima baixa, talvez pela
pobreza, cor, religiosidade, jeito de ser... Minha conversão ao Evangelho de
Jesus Cristo, que acontece dia a dia, tem me libertado destas amarras, no grito
e na dor, as vezes até sangrar.
Não tenho medo da vida, mas medo de viver, sim
A vida é um dado em si, mas viver é que é o nó
Toda vez que vejo um nó, sempre me assalta o temor
Saberei como afrouxá-lo, desatá-lo eu saberei?
A vida é simples, eu sei, mas viver traz tanta dor!
A vida é um dado em si, mas viver é que é o nó
Toda vez que vejo um nó, sempre me assalta o temor
Saberei como afrouxá-lo, desatá-lo eu saberei?
A vida é simples, eu sei, mas viver traz tanta dor!
Dizem que viver é uma arte, num certo sentido sim.
Certamente um grande desafio, cujo sucesso, geralmente passa pelo medo, o medo
de não sermos capazes de desatar os nós... Viver, amar... traz mesmo muita
dor...
A dor na carne e na alma, a calma a se propagar
A durar dia após dia, a varar noite, a dormir
A ver o amor a vir a ser, a ter e a tornar
A amanhecer de novo e de novo um novo dia…
Isso às vezes me agonia, às vezes me faz chorar
A durar dia após dia, a varar noite, a dormir
A ver o amor a vir a ser, a ter e a tornar
A amanhecer de novo e de novo um novo dia…
Isso às vezes me agonia, às vezes me faz chorar
A continuidade da dor, a alma as vezes faz acalmar, o
nordestino sabe bem o que é isto. Este povo é doutor em resistência. Esta,
quando amadurece, faz do amor sempre algo novo, revolucionário,
surpreendentemente teimoso, em viver, sonhar, gozar...
Créditos: http://www.falapc.com/2012/06/nao-tenho-medo-da-vida.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário