Não há quem não tenha sido preterido em alguma brincadeira infantil, esquecido na hora de uma festa, perdido o emprego ou sofrido desilusão amorosa, enumera o doutor em psicologia e especialista em terapia de casais Guy Winch, autor da obra.
"As rejeições são os cortes e arranhões psicológicos que machucam a pele emocional e penetram na carne", diz ele. Mesmo com a frequência das ocorrências, o rejeitado pode não conseguir formar uma carapaça --muitos sofrem tanto que a dor lhes inunda de raiva e solapa a autoestima.
Não é para menos, explica a terapeuta de casais Marina Vasconcellos. "O ser humano tem necessidade de ser aprovado, de ser aceito. Pertencer a uma sociedade, a uma família, é uma necessidade básica. E a rejeição tira esse direito. Fica um vazio."
A sensação é profunda, diz ela: "Dói no peito, parece que estão enfiando uma faca".
Não se trata de figura de linguagem. Em seu livro, Winch cita estudos que, por meio de ressonância magnética, mostram que a dor da exclusão social ativa no cérebro as mesmas áreas acionadas pela dor física.
Nenhum comentário:
Postar um comentário