http://br.mulher.yahoo.com/ansiedade-estresse-entenda-175112610.html
Olá, leitores do Yahoo.
Hoje quero falar de uma dupla que
(infelizmente) tenho percebido cada vez mais em minha vida profissional.
Para isso, acho importante vocês entenderem um pouco o porque eles
surgem, quais suas importâncias e seus prejuízos.
Ansiedade e
estresse são termos de uso corrente entre as pessoas participantes
daquilo que se chama vida moderna. Ninguém gosta de pensar neles como
formas de algum transtorno emocional. Isso pode parecer muito próximo do
descontrole, da piração ou da loucura e, diante da possibilidade de
sermos afetados, pelo menos alguma vez na vida, pelo estresse, pela
ansiedade, então será melhor não considerá-los como formas de algum
transtorno emocional e acabamos ignorando-as. Errado!
Devemos
considerar o estresse uma ocorrência fisiológica e normal no reino
animal. O estresse é a atitude biológica necessária para a adaptação do
organismo à uma nova situação. Em medicina, entende-se isso como uma
ocorrência fisiológica global, tanto do ponto de vista físico quanto do
ponto de vista emocional.
Fisicamente, o estresse aparece quando o
organismo é submetido à uma nova situação, como uma cirurgia ou uma
infecção, por exemplo, ou quando há uma situação percebida como de
ameaça. De qualquer forma, trata-se de um organismo submetido à uma
situação nova (física ou psíquica), pela qual ele terá de lutar e
adaptar-se e, consequentemente, terá de superar. Portanto, o estresse é
um mecanismo indispensável para a manutenção da adaptação à vida,
indispensável à sobrevivência, porém dentro de um limite.
Do
ponto de vista psíquico o estresse se traduz na ansiedade. A ansiedade
é, assim, uma atitude fisiológica (normal e esperada) responsável pela
adaptação do organismo às situações de perigo. Vejamos, por exemplo, as
mudanças acontecidas em nossa performance física quando um cachorro
feroz tenta nos atacar, quando fugimos de um incêndio, quando passamos
apuros no trânsito, quando tentam nos agredir e assim por diante. De
frente para o perigo nossa performance física faz coisas
extraordinárias, coisas que normalmente não seríamos capazes de fazer em
situações mais calmas. Se não existisse esse mecanismo que nos coloca
em posição de alerta ou alarme, talvez nossa espécie nem teria
sobrevivido às adversidades encontradas pelos nossos ancestrais.
Embora
a ansiedade favoreça a performance e a adaptação, ela o faz somente até
certo ponto, até que nosso organismo atinja um máximo de eficiência. À
partir de um ponto excedente a ansiedade, ao invés de contribuir para a
adaptação, concorrerá exatamente para o contrário, ou seja, para
sintomas emocionais e muitas vezes físicos. Nesse ponto crítico, no qual
a ansiedade foi tanta que já não favorece positivamente, ocorre um
esgotamento A partir desse ponto, o desempenho ou adaptação para novas
situações cai vertiginosamente. Aí se caracteriza o esgotamento e,
consequentemente, vários sintomas.
Em nossos ancestrais esse
mecanismo foi destinado à sobrevivência diante dos perigos concretos e
próprios da luta pela vida, como foi o caso das ameaças de animais
ferozes, das guerras tribais, das intempéries climáticas, da busca pelo
alimento, da luta pelo espaço geográfico, etc. No ser humano moderno,
apesar dessas ameaças concretas não mais existirem em sua plenitude tal
como existiram outrora, esse equipamento biológico continuou existindo.
Apesar dos perigos primitivos e concretos não existirem mais com a mesma
freqüência, persistiu em nossa natureza a capacidade de reagirmos
ansiosamente diante das ameaças.
Nunca poderemos aprender a lidar
e aceitar como uma rotina constante a ansiedade e o estresse em
excesso. Temos sempre que dar o máximo de atenção aos sinais que nosso
corpo nos proporciona. Costumo dizer que quando não estamos dormindo
bem, com algum desconforto físico, irritabilidade, falta de atenção, o
nosso organismo nos está sinalizando que é o momento de rever o caminho e
muitas vezes mudar a direção, mas infelizmente tomamos imediatamente um
medicamento para “sufocar” este alerta, ignorando o porque do
surgimento.
Se você leu este texto e se identificou com os
sintomas descritos acima, hora de fazer uma análise dos núcleos de sua
vida, sejam eles relacionamento, trabalho, família, outros, e verificar
onde poderá mudar e buscar o seu equilíbrio o mais urgente possível.
Nunca se acomode ou tente se adaptar a algo que não está lhe fazendo bem e principalmente feliz!
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